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Canil da GCM ganha destaque no apoio de operações de combate às drogas

Apolo, 2 anos, Bono, 3 anos, e Safira, 8 anos. O trio, da raça Pastor Belga de Malinois, integra o Canil da Guarda Civil Municipal (GCM) de Limeira, grupamento criado em 2018, por meio de lei elaborada pelo prefeito Mario Botion. Os cães são especialistas na localização de drogas e armas de fogo. Com faro apurado, eles atuam no patrulhamento e prestam apoio a operações da GCM, Polícia Militar, Polícia Civil e da Polícia Rodoviária e também participam de atividades educativas em escolas. 

Os cães são selecionados para o Canil logo após o nascimento, com base em critérios como personalidade, porte físico, sociabilidade, adaptabilidade, presença de impulsos e genética. Aos 2 meses, começam a vivenciar diferentes situações, andam nas viaturas, passam por locais com aglomeração de pessoas, entram em contato com outros animais e são expostos tanto aos ruídos naturais (chuva) quanto aos provocados pelas atividades humanas. 

“Tomamos a iniciativa de criar o grupamento do Canil por meio de lei, como forma de reforçar operações específicas da GCM. O trabalho vem sendo excepcional, como demonstram os resultados nas ações que envolvem principalmente o aspecto das drogas”, relatou Botion. “O treinamento destinado aos cães é um trabalho relevante e o grupamento é usado em diversas atividades, como nas ações preventivas da GCM”, observou o secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Wagner Marchi. 

TREINAMENTO

Quando atingem 8 meses, iniciam de fato o treinamento, em uma área dentro do próprio Canil, no bairro Nossa Senhora do Amparo. Segundo o comandante da GCM, André Hailer, a preparação baseia-se nos impulsos de caça (hunt drive), de perseguir a presa em movimento (prey drive), de brincar (play drive) e de motivação por comida (food drive). 

O processo leva em torno de 90 dias, quando é feita a transição para os ambientes não controlados, ou seja, as ruas. Paralelamente, o cão participa de sessões de condicionamento físico, que envolvem exercícios de natação, corrida na esteira e até mesmo escalada. “Farejar é uma das atividades que mais exigem preparo físico dos cães”, pontuou Hailer. 

Para apurar o faro do animal, os GCMs utilizam um produto denominado Nose, elaborado com partículas das substâncias que o cão precisará identificar, no caso, drogas e explosivos. O frasco com o Nose é escondido em algum local (dentro do carro ou em uma área verde), quando o animal “descobre” a substância, senta-se e olha para seu condutor, sinalizando a suspeita. Nesse momento, o cão recebe uma “recompensa”, a brincadeira com a bolinha.  

Gallery por Vibelimeira.com

BEM-ESTAR

A jornada de atividade dos cães é de, no máximo, 6 horas por dia. No restante do tempo, eles passeiam, brincam ou simplesmente descansam. “Quanto maior é o bem-estar do animal, melhor será o desempenho nas ruas”, frisou o comandante da GCM. Já a aposentadoria é instituída após 8 anos de serviços prestados, quando, então, o cão é doado ao seu condutor ou a outro integrante da GCM. 

Após o “expediente de trabalho”, Bono segue para a casa de seu companheiro da Corporação, o GCM Ragonha. O GCM frisou que Bono é um integrante da família e que o cão o acompanha a todos os locais, até mesmo em atividades sociais. “Ele me ensinou muita coisa, o cão não guarda ressentimento, só vive o presente”, afirma Ragonha, que tatuou a imagem de Bono no braço esquerdo. 

OCORRÊNCIAS

Só em 2023 o Canil da GCM prestou auxílio a 436 ocorrências. Uma das operações de maior destaque ocorreu em março, quando o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) solicitaram o apoio do Canil para uma grande operação em Araraquara. Bono foi levado à área rural daquele município e conseguiu farejar 100 quilos de pasta base, enterrados em dois tambores.

Na semana passada, a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) e o Canil da GCM deflagraram uma ação que resultou na prisão de quatro indivíduos por tráfico de drogas, no Pq. Nossa Senhora das Dores. Na ocorrência, novamente o cão Bono demonstrou seu faro habilidoso e detectou mais de 250 pedras de crack, 28 porções de maconha e 64 pinos de cocaína. 

O comandante da GCM enfatizou que os cães oferecem apoio importante no combate ao tráfico de drogas, pois o olfato canino é muito superior ao do homem. “Eles identificam narcóticos escondidos em lugares onde os policiais jamais conseguiriam encontrar”, afirmou. Outro aspecto citado pelo comandante é o poder intimidatório dos cães durante as abordagens policiais. “O cenário da ocorrência muda completamente com a presença dos animais, as pessoas se afastam, pois o cão causa impacto psicológico semelhante a 11 policiais armados”, comentou Hailer.

Também integram o Canil da GCM, o subcomandante Ângelo, o subinspetor Jonas, e os GCMs Sobrinho (condutor do Apolo), Silva (condutor da Safira), Brazolotto e Hugo.

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