Ao todo, 44 pessoas foram retiradas de prédio e 34 acabaram encaminhadas ao hospital por inalarem fumaça. O imóvel está interditado pela Defesa Civil.
A Polícia Civil procura pelo militar do Exército responsável pelo apartamento que pegou fogo em Campinas, na noite deste sábado (24). O local tinha cerca de 60 armas de fogo – entre rifles, fuzis e espingardas – e 3 mil munições, além de uma granada.
A perícia concluiu, neste domingo (25), que o fogo começou após um artefato explodir dentro de um cofre. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o dono do imóvel não foi localizado após a ocorrência está sendo procurado para prestar esclarecimentos.
O apartamento é do general reformado Vigílio Parra Dias e fica no primeiro andar do condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence.
O militar deixou o prédio durante a evacuação e, segundo o boletim de ocorrência, permanecia “em local incerto” até a conclusão do registro, na madrugada de domingo.
O Comando Militar do Sudeste do Exército (CMSE) informou, em nota, que o militar possui certificado de registro válido como atirador, caçador e colecionador.
“Está sendo realizada uma perícia no local para levantamento de mais informações e detalhamento do caso. Militares do Exército acompanham os trabalhos dos órgãos de segurança pública para colaborar com a elucidação dos fatos”.
Além das armas e munições, as equipes encontraram uma granada no apartamento. O Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM foi acionado para verificar a granada. A equipe não conseguiu concluir se ela estava carregada, mas levou para detonação em local seguro. Segundo a corporação, o explosivo é do modelo M36.
Pólvora nos escombros
De acordo com o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidney Furtado, o local foi interditado principalmente porque há materiais inflamáveis nos escombros.
“Existe um trabalho ainda muito intenso do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Gate, porque que ainda tem muito material ainda no meio dos escombros. Então enquanto isso não for retirado, não dá para ser liberado o local”, explicou.
Segundo ele, por conta das armas e munições, nos escombros há pólvora e isso impossibilita a liberação imediata do local.
“A partir do momento que isso for retirado, todos os escombros e esse material no meio dos escombros, aí poderá ser liberado com uma nova avaliação dos engenheiros do Urbanismo e da Defesa Civil.
Uma moradora do edifício, a auxiliar administrativa Marcia Macedo, contou que conseguiu ir até seu apartamento neste domingo (25) para pegar roupas e medicamentos. “Eu vi muitas armas no chão, bem queimadas, mas eram armas. No primeiro andar, próximo do apartamento”, relatou.
Várias explosões
Vídeos gravados por vizinhos do prédio atingido pelas explosões registraram o barulho das explosões causadas pelas munições armazenadas no apartamento que pegou fogo.