A Polícia Civil conclui o inquérito no qual investigou a morte de duas pessoas baleadas durante um show sertanejo em Piracicaba, no dia 20 de novembro de 2022. Na conclusão, a delegada da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic), Juliana Ricci, pediu a prisão preventiva do acusado, um policial militar, de 25 anos, de São Paulo (SP).
O PM está preso temporariamente desde 22 de novembro, após se entregar à Deic, e a decretação da preventiva significaria a permanência dele na prisão.
O evento estava ocorrendo no Parque Unileste. Os tiros disparados mataram Leonardo Victor Cardoso, de 25 anos, e Heloíse Magalhães Capatto, de 23 anos. Além dos dois homicídios, o policial também responde por tentativa de homicídio contra outras três pessoas que ficaram feridas pelos tiros, de 20, 21 e 27 anos.
Segundo a delegada, as investigações identificaram que o autor dos disparos foi o PM, por meio da análise dos estojos das munições.
“As investigações tiveram prosseguimento com oitivas de testemunhas, vítimas e perícias, sendo concluído na data de hoje, encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, com representação pela prisão preventiva do indiciado”, acrescenta nota da chefe da Deic de Piracicaba.
Segundo ela, os disparos ocorreram após uma briga entre o indiciado e a vítima Leonardo. A arma não foi localizada, mas seria da Polícia Militar.
Apuração da PM
Comandante do Comando de Policiamento do Interior (CPI-9) da PM, o coronel Cerqueira Leite informou que o caso também será apurado pela corporação, à época da identificação do indiciado.
“O Conselho de Disciplina que vai apurar a conduta, que pode gerar a demissão ou afastamento. Tem uma sequência de atividades que serão realizadas dentro do caso […] O processo apuratório, tanto da Polícia Civil quanto da Militar, vai individualizar as condutas. Então, é preciso um tempo para que nós analisemos todo o contexto. Certamente, todo o rigor será aplicado”, garantiu.
Em nota, a defesa do suspeito lamentou as mortes e prestou condolências às famílias das vítimas.
“Em respeito à ética profissional, não podemos trazer informações acerca dos fatos, contudo, a delegada Dra. Juliana, prestará maiores esclarecimentos”, informou.