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Servidora de Limeira pode se tornar ré por atos golpistas em 8 de janeiro

Supremo Tribunal Federal (STF) começou a decidir se torna réus 100 denunciados pela invasão e depredação da sede dos Três Poderes. Mulher de Limeira está presa.

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou nesta terça-feira (18) a decidir se torna réus 100 dos 1,3 mil denunciados pela invasão e depredação da sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro. Entre os 100 está uma moradora de Limeira, que foi presa durante os atos.

Fátima de Jesus Prearo, de 44 anos, é servidora pública municipal de Limeira, contratada como auxiliar administrativo e com atuação na área de segurança pública.

Segundo o site g1 da globo a prefeitura foi questionada se ela permanece no quadro de funcionários e qual a atual situação, já que ela continua presa. No Portal da Transparência consta que até março, última data disponível para consulta, ela era servidora.

Fatima foi candidata a vereadora em 2020 pelo Patriota, obteve 72 votos e não foi eleita.

Nas redes sociais, a servidora diz ser instrutora de Krav Magá. Ela também tem publicações pedindo intervenção militar e apoiando manifestações contra as eleições.

O g1 publicou também que tenta contato com a defesa de Fátima para posicionamento. No processo no STF, consta que ela está sendo representada por um defensor público da União, sem indicar nome do advogado.

Entenda os crimes

O julgamento começou no plenário virtual exatos 100 dias após os atos de vandalismo que provocaram prejuízo de R$ 26,2 milhões nas sedes dos Três Poderes.

As denúncias foram oferecidas pela Procuradoria-Geral da República em dois inquéritos abertos para identificar os autores intelectuais, incitadores e executores dos crimes. Esses 100 denunciados estão presos.

A PGR afirma que os denunciados se associaram, de forma armada, a partir de convocações por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens com o objetivo de praticar crimes contra o Estado Democrático de Direito.

A denúncia afirma que “o grupo criminoso tentou depor, por meio de violência e grave ameaça, o governo legitimamente constituído”, sendo que isso “implicaria a prática reiterada de delitos até que se pudesse consolidar o regime de exceção pretendido pela massa antidemocrática”.

Caso o voto de Moraes prevaleça, os denunciados se tornarão réus e responderão por crimes como:

  • associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e
  • deterioração de patrimônio tombado.

Noticia originalmente publicada G1


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