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Reviravolta: Jovem encobre irmão embriagado em acidente fatal que vitimou gêmeos de Limeira

Inquérito diz que irmã foi para a SP-332 e até ‘rolou no barro’ para simular que era a motorista de veículo que bateu em carro e deixou 2 mortos em Conchal, em 2023.

A Polícia Civil indiciou uma jovem de 21 anos e o irmão dela, de 28, pelo acidente de trânsito que causou a morte de dois idosos gêmeos em Conchal, em outubro de 2023, na Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332).

O inquérito foi concluído na terça-feira (2) e apontou que a jovem até se sujou de barro para mentir que era a condutora do veículo que atingiu o carro das vítimas. A intenção era proteger o irmão que estava bêbado.

Segundo o delegado Luís Henrique Lima Pereira, o motorista Pedro Henrique Fadel Batista foi indiciado por duplo homicídio qualificado e fraude processual.

A irmã dele, Amanda Fadel Batista, também foi indiciada por fraude processual por mentir à polícia e à equipe médica no dia do acidente. A defesa dos irmãos informou, que preza pelo devido processo legal, que lamenta o acidente e que está colaborando com as autoridades para esclarecimento dos fatos.

O acidente matou os irmãos gêmeos João Francisco Souza Bueno e José Antônio Souza Bueno, de 66 anos, que moravam em Limeira.

Mentira sobre quem dirigia caminhonete

De acordo com a Polícia Rodoviária, os gêmeos estavam em uma Saveiro que bateu lateralmente contra uma caminhonete Amarok no Km 174+900.

Após quase seis meses de investigação, a polícia concluiu que Amanda, que se apresentou como a motorista da Amarok e que foi submetida a exame de bafômetro, sequer estava na caminhonete ou no local do acidente.

“Ela foi informada que o irmão havia se acidentado e foi ao local. O responsável pelo acidente conduzia a Amarok embriagado e atingiu o carro das vítimas que transitava normalmente pela rodovia. Os irmãos gêmeos não tinham nenhuma substância na amostra de sangue”, disse o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, Amanda tomou uma atitude inesperada ao chegar ao local do acidente.

“Quando ela percebeu a gravidade e que o irmão estava alcoolizado, ela passou a se sujar e rolar no barro para simular que era ela quem dirigia a Amarok”, contou.

A investigação descobriu que a jovem mentiu aos policiais e à equipe médica e, por isso, o irmão dela não foi submetido ao teste de bafômetro. Ambos foram levados juntos ao hospital.

O delegado disse ainda que os laudos periciais também desmentiram a versão que o carro das vítimas teria aquaplanado (quando o carro começa a deslizar sobre uma camada de água, perdendo o contato com o solo) e provocado o acidente.

“Pelo contrário, o local era aclive, não tinha água empoçada e nem local para aquaplanagem, sendo a Amarok responsável pela colisão”, afirmou o delegado.

O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público para prosseguimento na etapa processual. O delegado disse que pediu a prisão preventiva do motorista, mas ela foi negada. Também foi pedida à Justiça para que a habilitação do homem seja suspensa.


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